Trump assina medida para impor tarifas recíprocas de importação a todos os países

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, nesta quinta-feira, 13, um memorando para que o país passe a aplicar tarifas recíprocas às importações feitas aos EUA, de acordo com agências de notícias como Reuters e Associated Press.

Trump assinou a medida por volta das 16h. Os detalhes das mudanças ainda estão sendo revelados.

A ação deverá afetar o comércio com o Brasil. Com a medida, os EUA passarão a impor taxas sobre países que cobram impostos de importação sobre produtos americanos.

Em 2024, o Brasil exportou US$ 40 bilhões em produtos aos Estados Unidos. Os principais itens exportados pelo Brasil para os EUA no ano passado foram óleos brutos de petróleo, produtos semi-acabados de ferro ou aço, aeronaves e suas partes e café não-torrado.

O Brasil cobra impostos e taxas variadas, a depender do produto e da origem. Como regra geral, o país cobra um imposto de importação (II), baseado na TEC (Tarifa Externa Comum do Mercosul), cuja alíquota varia de 0 a 20%.

A TEC não é aplicada a produtos tratados por outros acordos e resoluções, como veículos automotivos, autopeças, brinquedos e de informática. Além disso, os produtos podem ser sujeitos a IPI, Pis, Cofins e medidas compensatórias.

Tarifas de Trump

Desde que assumiu, em 20 de janeiro, Trump tem usado as tarifas como forma de pressionar países a adotarem ações que ele deseja.

Além das tarifas recíprocas, houve dois grandes pacotes de medidas assinados por Trump.

No primeiro deles, de 1º de fevereiro, foram impostas tarifas extras de 25% ao México e ao Canadá e 10% sobre importações da China. No entanto, México e Canadá negociaram e conseguiram adiar por um mês a implantação das taxas, para 4 de março.

Já as tarifas sobre a China entraram em vigor em 4 de fevereiro. Em resposta, Pequim também aplicou novas tarifas sobre produtos americanos.

O segundo pacote envolveu taxas extras de 25% sobre aço e alumínio, que entram em vigor em 12 de março. Como o prazo é longo, há espaço para negociações, que poderão reduzir as medidas ou mesmo eliminá-las.

Em 2018, em seu primeiro mandato, Trump também anunciou tarifas, mas depois fez concessões, como a de estabelecer cotas de importação isentas, o que, na prática, fez com que vários países não fossem afetados pelas taxas.

 





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