Quatro anos após as primeiras restrições sanitárias impostas pela pandemia, a telemedicina deixou de ser vista com ceticismo por muitos pacientes e profissionais de saúde para se transformar em um modelo que combina a conveniência e a eficiência do monitoramento contínuo.
O setor já movimenta mais de US$ 172 bilhões (R$ 969 bilhões) globalmente, com projeção de atingir US$ 290 bilhões (R$ 1,6 trilhão) até 2028, segundo dados da Mordor Intelligence, especializada em pesquisas de mercado.
Essa estimativa mostra como esse modelo de atendimento vem se consolidando como um dos principais pilares no acesso à saúde no mundo.
De acordo com Ricardo Salem, diretor médico da Care Plus, uma das maiores operadoras de saúde premium do país, essa realidade não é diferente no Brasil, já que, além de facilitar o monitoramento de doenças, a telemedicina resolve um problema logístico, economizando o tempo de deslocamento.
“Ela torna o cuidado de saúde muito mais conveniente e acessível, especialmente para aqueles que vivem em áreas remotas ou têm dificuldade de locomoção”, afirma Salem.
Conveniência na palma da mão
É importante destacar que a telemedicina não se resume apenas a consultas online. No caso da Care Plus, que tem grandes clientes no portfólio, a tecnologia é uma grande parceira no desenvolvimento de outras ferramentas para tornar o acesso à saúde mais intuitivo, fácil e completo.
Um dos exemplos é a Blua, plataforma de saúde digital exclusiva já utilizada por mais de 25% das pessoas beneficiárias da operadora. Lançada em 2024, a ferramenta oferece serviços integrados, como gerenciamento de saúde, acesso a programas de prevenção e agendamento de exames, consultas virtuais e presenciais (só no 1º semestre de 2024, foram registradas 42 mil), de maneira simples e acessível pelo aplicativo da operadora.
Saúde monitorada pelo celular
A ferramenta ainda conta com o Teste de Bem-Estar, um recurso inédito no Brasil, que utiliza um scanner para avaliar a saúde dos usuários em tempo real, verificando aspectos como batimentos cardíacos, nível de estresse e saúde da pele.
Na prática, os celulares avançados possuem um sensor que detecta a luz vermelha refletida pelo sangue sob a pele, monitorando seu fluxo. Esses dados são enviados para a nuvem, onde a inteligência artificial analisa e fornece indicadores de saúde de forma clara para os usuários.
Para facilitar ainda mais o monitoramento contínuo da saúde dos pacientes, a operadora lançou no Brasil o TytoCare, um aparelho que permite realizar exames médicos remotos, capturando com precisão imagens e sons de estruturas como ouvidos, garganta, pulmões, coração, abdômen e pele.
Com inteligência artificial e fácil manuseio, o dispositivo orienta o usuário a conduzir os exames em casa, transmitindo os dados a profissionais de saúde que, mesmo à distância, podem avaliar o quadro, prescrever tratamentos e encaminhar para o hospital apenas em casos mais graves.
Assim, segundo Salem, é possível reunir dados e utilizar a tecnologia como um vetor essencial para o avanço da ciência médica e para a melhoria contínua da qualidade dos atendimentos, inclusive à distância.
“Conseguimos cruzar uma quantidade massiva de informações para que possamos identificar quais pacientes precisam de quais cuidados e quais são os melhores prestadores para o tratamento. Isso nos permite entregar o melhor cuidado para os nossos beneficiários”, explica.
As inovações da Care Plus acompanham uma tendência mundial. Nos últimos anos, o investimento em tecnologia por parte das empresas de saúde tem crescido significativamente, atingindo R$ 10 bilhões na América Latina apenas entre 2021 e 2022, segundo estudo do International Data Corporation.
Os esforços da ciência e do mercado são uma resposta à crescente demanda por serviços que vêm para levar a pacientes, mais prevenção e saúde de ponta, seja qual for sua região.
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