O Instituto Adolfo Lutz, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), implementou nesta quinta-feira (12) um novo teste que permite a detecção rápida do Clado Ib, uma variante mais grave do vírus da Mpox.
Essa nova metodologia, inédita no Brasil, é fundamental para monitorar a disseminação da doença e garantir um diagnóstico preciso e rápido. O PCR em tempo real permite identificar a nova variante do vírus causador da doença, o Clado Ib.
A coordenadora da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) da SES, Regiane de Paula, explica que a nova variante representa um desafio maior para a saúde pública, pois é mais grave e letal que o Clado 2. “A detecção rápida é crucial para iniciar o tratamento e evitar complicações”, afirma.
Leia Mais
Operação prende cinco pessoas de quadrilha que aplicava golpe em idosos no RS
Acidente em rodovia de Santa Maria (RS) deixa três mortos e quatro feridos
Estiagem em 2024 pode ser a maior já registrada no Brasil
Monitoramento intensificado
O estado de São Paulo, que já confirmou 577 casos de mpox em 2024, intensificará o monitoramento de viajantes provenientes de áreas endêmicas, utilizando o novo teste para identificar possíveis casos da variante mais grave. Até o momento, nenhum caso da nova variante foi registrado em todo território paulista.
O dados mostram que o número de casos é bastante inferior aos 4.129 registros confirmados em 2022, quando a doença atingiu o pico na região.
A SES disponibiliza um painel online com dados atualizados sobre os casos de Mpox em São Paulo, onde são registrados os números confirmados, suspeitos, descartados e total de notificados.
Conheça os sintomas da doença e saiba o que fazer em caso de suspeita
A mpox se manifesta principalmente através de erupções cutâneas e inchaço dos linfonodos (adenomegalia). No entanto, outros sintomas podem acompanhar a doença, como febre, dores musculares, dor de cabeça, calafrios e fraqueza.
As lesões cutâneas da mpox podem variar em número e localização. Elas podem ser planas ou levemente elevadas, contendo um líquido claro ou amarelado e, com o tempo, formar crostas. É comum que as lesões surjam no rosto, palmas das mãos e plantas dos pés, mas podem aparecer em qualquer parte do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e ânus. Geralmente, as erupções cutâneas se manifestam alguns dias após o início da febre, mas podem surgir antes.
O período de incubação da mpox — o tempo entre a infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas — varia entre 3 e 16 dias, podendo chegar a 21 dias, segundo o Ministério da Saúde.
O que fazer em caso de suspeita de mpox?
Em caso de suspeita de contágio, o Ministério da Saúde recomenda que o paciente procure uma unidade de saúde para avaliação médica, além de informar se houve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação de infecção.
Caso a suspeita se confirme, o próximo passo, caso seja possível, é o isolamento: evitar contato próximo com outras pessoas.
Este conteúdo foi originalmente publicado em SP implanta teste rápido que detecta nova variante da Mpox no site CNN Brasil.
Deixe um comentário