Quase nove em cada dez acordos salariais em 2024 tiveram reajustes acima da inflação, mostra Dieese

Ao menos 85%, ou oito em cada dez negociações salariais, em 2024 garantiram reajustes acima da inflação para os trabalhadores. Trata-se do maior percentual anual desde 2018, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta quinta-feira, 23.

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Ao mesmo tempo, 11,4% das negociações tiveram reajustes iguais à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), enquanto 3,6% ficaram abaixo do indicador. Considerando todos os reajustes, o ganho real médio do trabalhador subiu 1,37% em 2024, configurando a maior alta já registrada pela pesquisa iniciada em 2018.

Ganho real disseminado entre os setores

A indústria (85,8%) e o setor rural (86,6%) lideraram a presença de aumentos reais no ano passado, embora os acréscimos tenham sido amplamente distribuídos entre as atividades econômicas. Os reajustes acima da inflação representaram cerca de 85% das negociações de cada setor.

Por outro lado, o comércio registrou um percentual inferior, com 81,5% dos acordos apresentando ganhos reais. Já as negociações com perdas reais variaram entre 2,8% no comércio a 5,1% no setor rural.

Setor de serviços teve maior ganho real médio

Apesar de a indústria apresentar o maior número de reajustes reais, o setor de serviços foi o que garantiu o maior ganho real médio sobre os salários, com 1,5%. Na sequência, aparecem o setor rural, com 1,4%; a indústria, com 1,32%; e o comércio, com 0,96%.

Por regiões, o Nordeste foi a única área onde menos de 80% das negociações garantiram ganhos reais, registrando um percentual de 79,4%. Nas demais regiões do país, os aumentos acima da inflação ocorreram em cerca de 85% dos casos.

A inflação oficial fechou 2024 com alta de 4,84%. Para janeiro deste ano, o Dieese estima que o percentual necessário de reajuste salarial seja de 4,77%.

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