Por que o golfe de Trump é um desafio de segurança para o Serviço Secreto

A paixão do ex-presidente Donald Trump pelo golfe tem sido um constante desafio para o Serviço Secreto dos EUA, responsável por sua segurança. Os espaçosos campos de golfe têm poucas opções de abrigo e são bem diferentes dos veículos blindados que a equipe de segurança oferece para todos os presidentes americanos que já deixaram o cargo.

Segundo o New York Times, essa situação cria vulnerabilidades que tornam a proteção de Trump ainda mais difícil. Neste domingo, 15, um suspeito foi detido após disparos no campo em que Trump jogava golfe em West Palm Beach. Duas sacolas pretas, um rifle AK-47 e uma câmera GoPro foram encontradas no local, e o FBI investiga o incidente como uma possível tentativa de assassinato.

O jornal americano aponta que a abordagem do Serviço Secreto para proteger o ex-presidente tem sido inconsistente em eventos semipúblicos, como uma partida de golfe. Segundo o jornalista Alan Blinder, que entrevistou o republicano “em campos de golfe na Flórida, Nova Jersey e Virgínia”, alguns eventos contam com detectores de metais para verificar tanto o público quanto os funcionários que ficam perto de Trump.

No entanto, em outros eventos, pessoas — incluindo vendedores e jornalistas — caminham livremente ao lado do ex-presidente sem passar por nenhuma revista. Essas situações criam um ambiente descontraído, como o próprio Trump prefere, mas também potencialmente perigoso.

O ex-presidente frequentemente dirige seu próprio carrinho de golfe, que é semelhante aos outros carrinhos no campo e não possui proteção contra balas. Além disso, agentes de segurança costumam ficar a metros de distância, em seus próprios carrinhos, dificultando uma resposta imediata em caso de emergência.


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