O OnlyFans veio para ficar. A plataforma de vídeos por assinatura, que cresceu mais de 600% em volume de transações durante a pandemia, não para de atingir recordes de faturamento mesmo após o fim do isolamento social. Conhecida por seu conteúdo adulto, o site atingiu faturamento de US$ 1,3 bilhão em 2023.
Segundo relatório financeiro da empresa-mãe, Fenix International, o OnlyFans registrou 305 milhões de potenciais clientes (ou seja, contas registradas), para 4,1 milhões criadores de conteúdo em 2023, que cresceram aproximadamente 28% cada em comparação ao ano anterior.
A plataforma também registrou um aumento de 19% no volume bruto de transações, com fãs pagando um total recorde de US$ 6,6 bilhões aos ‘creators’ da plataforma. É um crescimento significativo em comparação ao ano anterior, quando o montante foi de US$ 5,5 bilhões. A fórmula de sucesso pode ser as diferentes ofertas: existem assinaturas mensais e pagamentos que são feitos uma só vez, e o usuário do OnlyFans pode fazer o quanto quiser dos dois.
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Quem compete com o OnlyFans?
Fundada em 2016, a plataforma de vídeos já é o maior player no gigantesco mercado de pornografia — é estimado que sua receita é duas vezes maior do que a da MindGeek, proprietária dos sites pornô mais acessados globalmente, incluindo o PornHub. A informação é do Business Insider.
Outras empresas de conteúdo adulto por assinatura surgiram nos últimos anos, mas nenhuma chega nem perto da escala do OnlyFans. Outro detalhe interessante é que o X, antigo Twitter, encerrou a proibição de pornografia em junho de 2024 e está prestes a lançar assinaturas pagas, o que o torna um competidor em potencial. Mas Elon Musk tenta incorporar de tudo na rede social, que perdeu 84% do seu valor de mercado desde a aquisição do bilionário em 2022, e não obteve sucesso com a implementação de ferramentas como a IA generativa Grok e a assinatura premium para verificados.
Por que o X, antigo Twitter, não decolou com Elon Musk?
Mesmo no auge, o OnlyFans reconhece desafios futuros, incluindo preocupações com a segurança cibernética, como destacou o site americano Fortune. Além da ascensão dos deepfakes, os dados pessoais de perfis, por exemplo, podem ser divulgados sem o consentimento da vítima.
É responsabilidade do OnlyFans garantir a segurança tanto dos clientes quanto dos criadores que movimentam a plataforma, o que também pode atingir a percepção pública da marca. O órgão de serviços de comunicação do Reino Unido está atualmente investigando se o site, exclusivo para adultos, tem medidas de seguranças fortes o suficiente para barrar menores de idade.
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