Nestlé inaugura fábrica com maior capacidade de produção de KitKat do mundo no Brasil

O Brasil está no top 3 dos maiores mercados consumidores de KitKat no mundo. Se no ano passado o famoso biscoito wafer coberto por uma camada chocolate ao leite fez a receita da Nestlé expandir dois dígitos em comparação com o mesmo período de 2022, segundo balanço fiscal, e em conjunto com a marca Garoto —, agora, a companhia deu um passo mais ousado: inaugurou nesta segunda-feira, 23, a quarta linha de produção de KitKat na fábrica de Caçapava, interior de São Paulo. Com isso, a unidade posiciona o Brasil como o país com a maior capacidade de produção do chocolate no mundo.

O aporte inicial foi para a nova linha foi de R$ 300 milhões, mas a previsão é que o parque industrial receba no total R$ 1,1 bilhão em investimentos. O montante faz parte do plano de R$ 8,5 bilhões que a Nestlé planeja injetar no Brasil até 2026 — dos quais R$ 2,5 bilhões serão destinados para produção da Purina, de ração animal.

“Nossos esforços estão direcionados para expandir a capacidade de produção das operações, inovar e renovar nosso portfólio, fomentar a agricultura regenerativa entre os produtores das nossas principais cadeias, desenhar embalagens para aumentar a circularidade e garantir eficiência nas operações, o que inclui eliminação de resíduos e uso racional de energia e água, por exemplo”, afirmou o CEO da Nestlé Brasil, Marcelo Melchior.

A inauguração contou com a presença do Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e de Melchior.

A maior do mundo — em tamanho e produção

Os planos da Nestlé para a fábrica de Caçapava não param somente com a abertura da quarta linha de produção. A unidade já é a segunda maior em volume de produção da companhia e, em 2025, vai se tornar a primeira em chocolates no geral — posto hoje ocupado pela fábrica da Garoto, em Vila Velha (Espírito Santo).

“Esta fábrica é referência mundial em transformação digital e Indústria 4.0, e um polo de desenvolvimento de soluções de tecnologia criadas em parceria com universidades e startups brasileiras”, destacou Melchior. Uma dessas iniciativas foi a instalação de um scanner, originalmente usado em diagnósticos médicos, para identificar chocolates fora do padrão. A estratégia tem ajudado a reduzir a falta ocasional do wafer no KitKat. Vale destacar que o parque industrial também faz uso da tecnologia 5G em suas linhas de produção desde 2022.

Hoje, o país que mais produz KitKat no mundo é a Inglaterra. Quando a fábrica de Caçapava atingir sua plena capacidade, no entanto, o Brasil poderá ultrapassá-la.

‘Queridinho’ dos brasileiros

Competidor direto do BIS, produzido pela Mondelēz, o KitKat entrou no mercado do Brasil há cerca de 11 anos, embora já estivesse em circulação em outros países a pelo menos seis décadas. Ainda quemais recente por aqui, o produto fez sucesso entre os brasileiros: o país já é o terceiro maior consumidor do chocolate, atrás somente da China e dos Estados Unidos.

Além de ser comercializado em supermercados e outras mercearias, o chocolate também pretende fechar 2024 com três lojas oficiais. Uma delas já foi inaugurada no Shopping Cidade São Paulo, na Avenida Paulista. O investimento da Nestlé para a Chocolatory, que promete uma experiência de degustação do chocolate, é de R$ 10 milhões.



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