Por Bruno Barata*
O G20, sob a presidência do Brasil, traz para a pauta global em 2024 um tema central: “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”.
Esse foco reflete o compromisso crescente das nações com a construção de economias mais inclusivas e sustentáveis, impulsionando a necessidade de uma atuação coordenada entre governos, empresas e a sociedade civil para enfrentar os desafios globais.
Neste cenário, as práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança) e Compliance emergem como pilares essenciais para moldar o futuro dos negócios e fortalecer a confiança nas instituições.
Práticas ESG e ODS cada vez mais próximos
As práticas de ESG, que historicamente se concentravam em compromissos voluntários por parte de empresas, estão cada vez mais integradas às agendas regulatórias e estratégicas de governos e corporações.
Essa integração se reflete na forma como países e empresas estão abordando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma agenda ambiciosa estabelecida pela ONU em 2015 para erradicar a pobreza, proteger o meio ambiente e promover a prosperidade até 2030.
A intersecção entre ESG e ODS fortalece uma visão compartilhada de desenvolvimento sustentável, onde o setor privado desempenha um papel crucial, desenvolvendo soluções inovadoras para os grandes desafios globais, como as mudanças climáticas e a desigualdade social.
No contexto do G20
Aqui, a discussão sobre ESG e compliance ganha relevância não apenas pela urgência dos desafios ambientais e sociais, mas também pela necessidade de um arcabouço de governança robusto que possa garantir a eficácia e transparência dessas práticas.
A governança corporativa, um dos pilares do ESG, está diretamente relacionada à capacidade das empresas de gerenciar riscos, atender às expectativas de stakeholders e manter a conformidade com leis e regulamentos cada vez mais exigentes.
Em um mundo onde a regulação ambiental e social avança, empresas que se antecipam a essas tendências estão mais bem preparadas para prosperar em um ambiente de negócios em rápida transformação.
As oportunidades para empresas que abraçam essas mudanças são vastas
Investir em práticas ESG e manter um compromisso rigoroso com o compliance pode não apenas melhorar a reputação corporativa, mas também aumentar a competitividade em mercados que valorizam a sustentabilidade e a responsabilidade social.
Para muitas empresas, isso significa não apenas atender às expectativas dos investidores e consumidores, mas também estar na vanguarda da inovação, criando produtos e serviços que respondem às demandas por um futuro mais sustentável.
O setor privado desempenha um papel de liderança nesse movimento, não apenas em termos de investimento, mas também na definição de padrões globais.
Iniciativas como o Pacto Global da ONU e o Índice Brasil ESG da B3 demonstram como o alinhamento com metas de sustentabilidade está se tornando um requisito básico para empresas que desejam se destacar em seus setores.
Mais do que uma exigência de compliance, essas práticas representam uma oportunidade para moldar o futuro dos negócios de forma que o sucesso econômico caminhe lado a lado com um impacto positivo para a sociedade e o planeta.
*Bruno Barata é advogado, CEO do New Law, Membro do Legal G20 e do BRICS Legal Forum.
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