Ano após ano a Oktoberfest persiste como uma das atrações culturais mais tradicionais da Alemanha, reconhecida sobretudo pelo “levantamento de caneca”— uma festa na qual a cerveja é um dos principais atrativos. Mas de uns tempos para cá, a caneca tem tido uma versão diferente da bebida: a sem álcool.
O país cervejeiro está aumentando seu consumo da bebida não-alcoólica, inclusive por parte de quem aprecia a bebida fermentada. Neste ano, por exemplo, a maioria das 18 tendas presentes na Oktoberfest ofereceu uma opção “zero” durante os 16 dias de festa, defendida até mesmo por ferrenhos amantes da cerveja tradicional. É o caso de Tobias Zollo, mestre cervejeiro da Weihenstephan, a mais antiga do mundo, fundada em 1040 por monges beneditinos.
Em entrevista à AP, Zollo admitiu que a cerveja sem álcool tem seu espaço, especialmente em momentos de trabalho ou durante o almoço. “Você não pode beber cerveja todo dia, infelizmente”, brincou ele. “E as pessoas, também infelizmente, andam bebendo menos”.
Na Weihenstephan, a bebida não-alcoólica já compreende 10% do total do volume da cervejaria. Segundo Zollo, o processo usado para remover o álcool mantém o sabor autêntico da cerveja, o que a torna em uma opção genuína, mas sem os efeitos colaterais do álcool. Foi criado na década de 1990 e, de lá para cá, a demanda pela cerveja zero só aumentou.
Oktoberfest sem ressaca
Tradição na Alemanha, o consumo da cerveja deixa muita gente cambaleando no final do dia dentro da Oktoberfest e, na manhã seguinte, acometida pelos efeitos da ressaca. Esse é um dos motivos pelos quais a opção zero da bebida tem ganhado popularidade nos últimos anos: apesar de custar o mesmo que uma cerveja alcoólica — entre 13,60 e 15,30 euros por um litro — a versão sem álcool salva os consumidores dos efeitos do álcool — sem perder a experiência tradicional da festa.
Em geral, o consumo das cervejas zero é mais apreciado pela Geração Z, que vem numa toada de autocuidado e bem-estar. A bebida sem álcool, para eles, reflete também uma maneira de permanecer saudável sem perder a diversão. “Às vezes as pessoas acham que se divertem mais com álcool, mas você também pode se divertir sem ele,” afirma o alemão Mikael Caselitz, de 24 anos, à AP. “Se você quiser vir e beber cerveja sem álcool, ninguém vai te julgar”, comentou durante o evento.
O crescimento da cerveja zero também se reflete na criação de novos espaços dedicados a essa bebida. Este ano, a cidade de Munique recebeu pela primeira vez um “jardim de cerveja sem álcool”, chamado “Die Null”, que serviu diferentes opções não-alcoólicas, incluindo mocktails e cervejas especiais.
A Oktoberfest de Munique começou no último sábado, 21, e termina no dia 6 de outubro.
*Este conteúdo foi produzido com o auxílio de ferramentas de inteligência artificial e reescrito por nossa equipe editorial.
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