A paixão italiana pelo café espresso é o tema de uma nova exposição que aborda a evolução do design e da tecnologia dos artefatos de café. A mostra Passione italiana: l’arte dell’espresso reúne 60 máquinas para uso doméstico e profissional, além de conjuntos de café e xícaras.
Além disso, a mostra faz um paralelo entre os itens e a imigração italiana para o Brasil, completou 150 anos em fevereiro.
Em cartaz a partir de 1º de outubro, a exposição tem curadoria de Elisabetta Pisu e se desenvolve em dois núcleos que constroem uma narrativa rica em detalhes sobre a trajetória do grão. Um roteiro histórico apresenta inovações ligadas às máquinas e aos hábitos de consumo do café, transformados pela engenhosidade de pessoas e empresas que, com incessante pesquisa, atuaram para elevar a qualidade da bebida, melhorar seu sabor e aroma e otimizar a produção.
Além dessa perspectiva, a exposição traz pontos sobre o significado social de uma das bebidas mais consumidas no mundo por meio dos lugares, rituais domésticos e designers que influenciaram os costumes e o imaginário coletivo, como as cafeterias históricas na Itália; o estilo de vida italiano; a evolução estética da panela moka; a cafeteira napolitana e Riccardo Dalisi; o projeto de Aldo Rossi unindo arquitetura e paisagismo doméstico; o ritual do café em casa e o conjunto Tea & Coffee Piazza and Towers, da marca Alessi.
Outro ponto destacado é o desenvolvimento tecnológico do setor com históricas máquinas de café, provenientes do acervo do MUMAC, Museo della Macchina per Caffè di Cimbali Group.
Entre os modelos, o Snider Insuperabile, um exemplo de máquina de coluna de vapor produzida em 1920, e a Gaggia Tipo Spagna, invenção revolucionária que permitia uma camada cremosa no topo da bebida.
Passione italiana: l’arte dell’espresso ganha ainda mais relevância por sua conexão com a imigração italiana para o Brasil, um dos fatores responsáveis pela grande popularização da bebida no país.
Hoje, a Itália ocupa a terceira posição na importação de café brasileiro, o que significa que o grão proveniente do Brasil é a base da maioria dos blends de espresso preparados diariamente por mais de mil torrefadores italianos.
“O desenvolvimento da cafeicultura brasileira está intimamente associado ao fenômeno da migração italiana para o Brasil”, explica Domenico Fornara, cônsul-geral da Itália em São Paulo. “Um milhão e meio de italianos desembarcaram em território brasileiro a partir de 1870 e passaram a trabalhar principalmente nas empresas dos produtores de café. Foi graças à contribuição inestimável da mão de obra italiana que o café, símbolo nacional tipicamente italiano, se tornou um elemento de ligação permanente entre dois povos e duas culturas”.
De 1º de outubro a 4 de fevereiro de 2025, a exposição poderá ser vista no Museu do Café, em Santos. Na sequência, segue para o Museu da Imigração, na capital paulista, onde ficará de 21 de fevereiro a 26 de maio de 2025.
Museu do Café
Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos/SP
Telefone: (13) 3213-1750
Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h)
R$ 16 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos | Grátis aos sábados e, todos os dias, para as crianças até 7 anos
Acessibilidade no local – Não possui estacionamento.
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