Ciência finalmente descobre por que cupins suicidas se explodem

Alguns cupins “suicidas” têm uma excêntrica carta na manga: um compartimento traseiro carregado de um líquido tóxico, que pode explodir e envenenar os inimigos. A ciência não sabia muito bem como funcionava essa arma secreta — até agora, com direito a descobertas publicadas na revista Structure.

Clique e siga o Canaltech no WhatsApp Como os cupins salvam as florestas tropicais em tempos de seca?

Os cupins da espécie Neocapritermes taracua contam com um par especializado de glândulas em seus abdômens que secretam uma enzima chamada lacase azul BP76, nessas bolsas em suas costas.

À medida que envelhecem, os cupins acumulam essas mochilas cheias desses cristais azuis contendo cobre.


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

Leia também:  Incêndio de grandes proporções atinge fábrica de plástico em MT; veja vídeos

Funciona assim: quando confrontados com uma ameaça, os cupins dessa espécie rompem seus corpos, misturando a enzima com secreções produzidas em suas glândulas salivares.

Essa mistura leva a um líquido pegajoso, rico em substâncias altamente venenosas que podem imobilizar ou matar os predadores.

Como os cupins explodem?

No novo estudo, os cientistas da Czech Academy of Sciences (República Tcheca) se concentraram em entender como a BP76 poderia permanecer em um estado sólido armazenado nas costas dos cupins, enquanto ainda permanecia preparada para uma reação instantânea após a ruptura.

Com isso, descobriram que a estrutura tridimensional da enzima revela que a BP76 tem “uma variedade de estratégias de estabilização”.

Leia também:  Bolsas asiáticas fecham em queda e Tóquio tem perda, após BoJ sinalizar aperto

Ciência finalmente descobre por que cupins suicidas se explodem (Imagem: Škerlová et al, 2024/Structure)

A enzima pode se dobrar, o que a ajuda em sua resistência. A proteção também ganha uma nova camada por meio de moléculas de açúcar que são anexadas à proteína. O resultado é uma espécie de escudo protetor.

Enzima BP76

A enzima BP76 tem uma ligação química entre dois aminoácidos — lisina e cisteína. Essa ligação não costuma ser encontrada em enzimas e desempenha um papel muito importante na manutenção da estrutura.

O estudo descobriu que esse papel é ainda mais importante no que diz respeito ao armazenamento da enzima de forma sólida nas costas do cupim.

Ou seja: essa ligação atua como se fosse uma trava. É isso que garante que a substância mantenha a forma e permaneça totalmente funcional, pronta para ser ativad  quando os cupins suicidas precisarem.

Leia também:  Eleições no Piauí têm urnas substituídas e prisões por crimes eleitorais, diz TRE-PI

Leia a matéria no Canaltech.

Trending no Canaltech:

Quais são os melhores celulares até R$ 2.500? Confira 4 opções Samsung libera One UI 6.1.1 para Galaxy S24 e anuncia update para outros modelos Drone DJI Neo chega ao Brasil com apenas 135 g e gravação em 4K Telegram alcança 10 milhões de assinantes e desativa a função Pessoas Próximas Motorola Moto S50 estreia com chip MediaTek e cores Pantone Chances do asteroide Apophis atingir a Terra são maiores que o imaginado



Publicado

em

Tags:

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *