Bebês trocados na maternidade: polícia pede novo teste de DNA e pais prestam depoimento

A defesa dos pais que tiveram os filhos trocados na maternidade no Hospital da Mulher, em Inhumas, na região Metropolitana de Goiânia (GO), em 2021, afirmou à CNN, nesta quinta-feira (12), que o delegado que acompanha o caso solicitou, no início deste mês, a realização de um novo teste de DNA em uma ação ajuizada de reparação de danos em relação ao caso.

erro da troca dos bebês foi descoberto depois que Yasmim – a mãe de uma das crianças – realizou um exame de DNA após seu marido, em processo de divórcio, solicitar teste genético como forma de comprovar a paternidade da criança. O material genético então foi retirado dos supostos pais para análise em outubro deste ano.

Segundo o advogado Kuniyoshi Fagundes Watanabe, que representa o pai de uma das crianças envolvidas, as investigações ainda continuam e, até o momento, todas as vítimas foram ouvidas. “Entre as próximas etapas, está no aguardo do resultado de novos exames de DNA para confirmar as filiações biológicas e possibilitar a elaboração do relatório final”, afirmou Watanabe.

Em nota, a defesa também alega que “sobre a possibilidade de troca das crianças, ressaltamos que este é um tema de extrema sensibilidade e está sendo tratado com o máximo cuidado”.

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De acordo com Márcio Rocha, advogado que representa Yasmim Kessia e Isamara Cristina, as duas mães das crianças, na última terça-feira (10) e nesta quarta-feira (11), uma das enfermeiras do hospital e os pais das crianças prestaram depoimento à polícia,

Troca de bebês

Yasmim Kessia, a mãe que teve o filho trocado após o parto, chegou a tirar uma foto com o filho biológico minutos depois do nascimento do bebê. Ela foi descobrir a troca em um processo de divórcio após seu marido o solicitar teste genético para comprovar a paternidade da criança. O material genético então foi retirado dos supostos pais para análise em outubro deste ano.

O resultado veio no fim do mês, surpreendendo a todos pelo fato de Yasmim não ser a mãe biológica do bebê, já que o DNA de seu filho não era compatível com o seu, conforme mostrou o resultado. Os exames foram repetidos e o desfecho foi o mesmo: Yasmim e o companheiro não eram os pais biológicos da criança.

Após descobrir o erro, a mãe, juntamente com um advogado dela, procurou pela outra família que esteve no mesmo quarto de hospital durante o parto de Yasmim. A outra mãe, Isamara Cristina, juntamente com o esposo realizaram então um exame de DNA que confirmou que ambos também não eram pais biológicos do filho que criaram durante os últimos três anos.

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Em entrevista coletiva, Yasmin afirmou que não imaginava que isso pudesse acontecer. Ela ainda relatou que chegou a entrar em contato com um dos responsáveis do hospital para explicar a situação e disse que não queria realizar a destroca dos bebês.

“Aí ele me disse que, nesses casos, o ideal era levar o caso para ‘debaixo do pano’ e não levar [o bebê] para outra familia e que eu teria que conviver com essa situação”, afirmou Yasmin.

O hospital se manifestou em nota, e disse que colabora com as investigações, enviando todos os documentos necessários. Além disso, a unidade ressaltou a delicadeza do ocorrido e diz que trata o episódio com “a devida importância”, apurando o erro.

O dia do parto

Segundo o advogado Márcio Rocha, que representa ambas as mães, Yasmim Kessia e Isamara Cristina, no dia de darem à luz, em um primeiro momento, foram conduzidas para uma mesma sala na enfermaria do Hospital da Mulher, localizado em Goiânia.

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Yasmin deu à luz primeiro, mas com uma diferença de poucos minutos de Isamara. Ao passar mal e ser sedada, ela não retornou mais para o quarto onde Isamara também estava hospitalizada. Na ocasião, Yasmim foi conduzida a um apartamento em razão do protocolo da Covid-19, já que as crianças nasceram na época da pandemia em 2021.

Quando Yasmin acordou, o filho já estava no quarto com a avó. No momento do parto dela, o advogado afirma que não houve nenhum acompanhante da família dentro da sala de cirurgia. Posteriormente, Isamara também recepcionou o filho em outro quarto do hospital.

Segundo a defesa, ao que tudo indica, os bebês teriam sido trocados entre o período após o parto e a trajetória para o berçário, antes de serem levados para as mães nos respectivos quartos em que se encontravam.

O caso segue em sob investigação.

*Sob supervisão

Este conteúdo foi originalmente publicado em Bebês trocados na maternidade: polícia pede novo teste de DNA e pais prestam depoimento no site CNN Brasil.



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