Na Disney, cinema e streaming batem recorde e lucro cresce 34% no 1º tri; ações sobem

A Walt Disney Company divulgou nesta quarta-feira, 5, os resultados do primeiro trimestre fiscal de 2025. A companhia reportou aumento de 34% no lucro líquido do período, para US$ 2,55 bilhões. O primeiro ano fiscal da Disney se encerrou em 28 de dezembro.

A receita veio acima das estimativas dos analistas, impulsionadas pelo sucesso do cinema — “Moana 2” arrecadou US$ 1,03 bilhão em bilheteria — e pelo streaming. No pré-mercado, as ações cresciam cerca de 2,4% até às 9h30.

No período, a receita cresceu 5% e atingiu US$ 24,7 bilhões, levemente acima das expectativas dos analistas.

“De forma geral, este trimestre foi um início sólido para o ano fiscal, e seguimos confiantes em nossa estratégia de crescimento contínuo”, disse o CEO Bob Iger no comunicado aos acionistas. As ações subiram cerca de 2,4% no pré-mercado.

O resultado positivo vem acompanhado do melhor desempenho da operação de streaming, com Disney+, desde o lançamento da plataforma — apesar da queda de assinantes para 124,6 milhões, segundo informações da Bloomberg, abaixo do esperado pelos analistas de Wall Street. 

A alta foi justificada sobretudo pelo aumento no preço dos serviços de streaming Disney+ e Hulu em até 25% nos Estados Unidos, o sucesso do lançamento do plano com anúncios e pelo fim do compartilhamento de senhas. O segmento apresentou lucro de US$ 293 milhões e conseguiu reverter a perda do ano anterior. 

Em conjunto com os lançamentos do cinema, a receita operacional de entretenimento da companhia aumentou 31%. Só a divisão de estúdios registrou um lucro de US$ 312 milhões e reverteu a perda do ano anterior.

Para os próximos trimestres, a Disney prevê que o lucro operacional do segmento de streaming será cerca de US$ 875 milhões maior do que no ano passado.

Parques, resorts e cruzeiros não engatam

Em outras áreas da empresa, em especial a de experiências — que compreende parques, cruzeiros e resorts —,  Disney enfrentou dificuldades. Houve queda no lucro das redes de TV. Os parques temáticos não apresentaram prejuízo, mas os ganhos foram estáveis: atingiram receita de US$ 9,4 bilhões, muito afetados pelo impactado dos furacões Milton e Helene. 

O lançamento do navio de cruzeiro Disney Treasure também reportou maior lucro da divisão de experiências da companhia. 

Com a inauguração do parque Universal Epic Universe em Orlando, em maio de 2025, o setor de parques pode sofrer mais instabilidade. 

O pior desempenho da companhia veio das operações de TV aberta e TV a cabo, com queda na receita e no lucro, motivados pelo aumento dos custos com programação e pela redução no número de assinantes. 

Esportes em alta

A companhia conseguiu reverter prejuízos na área de esportes, reportando lucro operacional de US$ 247 milhões. Na área de entretenimento, conseguiu melhores resultados em todas as frentes, incluindo o uso de licenças que reportou perdas nos trimestres anteriores. 

O canal da ESPN teve crescimento na receita, mas enfrentou queda no lucro doméstico devido ao aumento dos custos.

Novo Iger?

Enquanto a receita da Disney aumenta e os setores em geral se recuperam, a companhia segue em busca de um novo sucessor para Bob Iger, cujo contrato termina em dezembro de 2026. A promessa é que o novo CEO seja anunciado no início de 2026. 

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