Enviado dos EUA para o Líbano diz que acordo de cessar-fogo está “ao alcance”

O enviado dos Estados Unidos para o Líbano, Amos Hochstein, disse que um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah está “ao nosso alcance”, mas acrescentou que, em última análise, trata-se de uma “decisão das partes”.

Hochstein falou com repórteres em Beirute, capital do Líbano, nesta terça-feira (19) depois de uma reunião com Nabih Berri, que é presidente do Parlamento do Líbano e interlocutor do Hezbollah nas negociações.

O enviado dos EUA afirmou que houve discussões “construtivas” e “muito boas para reduzir as lacunas”.

“Temos uma oportunidade real de acabar com o conflito. A chance é agora”, destacou.

Ele também comentou que não responderia a nenhuma pergunta porque não quer “negociar isso em público”.

Depois do encontro com Berri, Hochstein se reuniu com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, para discutir os esforços para acabar com a guerra entre Israel e o Hezbollah, segundo a Agência Nacional de Notícias (NNA, da sigla em inglês).

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A reunião contou com a presença do ministro das Relações Exteriores do Líbano e do embaixador dos EUA no Líbano, de acordo com informações da NNA.

Entenda os conflitos no Oriente Médio

Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.

Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.

Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.

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Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.

Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

No momento, as negociações por tréguas estão travadas tanto no Líbano, quanto na Faixa de Gaza.

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