CGU: rastreabilidade de emendas depende de dados do Congresso, diz ministro

A Controladoria-Geral da União (CGU) lançou, nesta segunda-feira (18), uma série de alterações no Portal da Transparência para consulta de emendas parlamentares.

A nova interface do portal busca permitir uma consulta mais eficiente às informações sobre as emendas de comissão e de relator, além de garantir melhor rastreabilidade dos recursos públicos.

No entanto, informações específicas sobre a execução dos recursos, como o nome do parlamentar que indicou a quantia, depende do envio de dados por parte do Congresso Nacional à CGU.

“A indicação está incluída na medida em que a gente tem a informação”, explicou o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho. “Nós não temos a informação de todas as situações. Essas informações precisam vir do Congresso Nacional para que a gente insira. Na medida em que elas vierem, essas indicações serão inseridas. O que vier de emenda, a gente vai inserir”.

 

Votação

O Congresso analisa nesta semana um projeto de lei complementar que cria novas regras de rastreabilidade das emendas parlamentares, para cumprir uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) — leia mais abaixo.

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Questionado sobre a proposta em tramitação, o ministro disse que não cabe à CGU analisar o mérito do texto, mas que espera que o projeto “cumpra com a rastreabilidade”.

“A gente espera que o Congresso Nacional resolva essa questão e aprove um projeto de lei que cumpra com a rastreabilidade. Quanto mais rápido isso acontecer, facilita o nosso trabalho na nossa atuação de auditoria”, afirmou Carvalho.

Alterações

A inclusão de mais duas opções de busca é uma das principais alterações feitas pela CGU. A partir de agora, o Portal da Transparência possibilita que cidadãos façam buscas não apenas por meio do autor da emenda, mas também por meio do beneficiário e de documentos relacionados às despesas das emendas.

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Há ainda a inclusão de novos filtros de consulta, como número e código da emenda, se possui ou não convênio, o número dele, bem como o detalhamento dos convênios vinculados a cada emenda. As mudanças vão permitir que o cidadão acesse dados como dados como localidade do convênio, vigência, valor, ordens bancárias, entre outros.

Determinação do STF

As alterações foram feitas a pedido do ministro do STF Flávio Dino, que determinou, em agosto, o prazo de 30 dias para que a CGU apresentasse uma proposta de melhorias para aumentar a transparência e rastreabilidade dos dados sobre emendas parlamentares publicados no Portal da Transparência.

Após apresentar a proposta, a controladoria teria 60 dias para implementar a medida. De acordo com a CGU, as mudanças atendem a todas as sugestões trazidas na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 854, que trata do tema, assim como no respectivo relatório técnico do STF.

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As emendas são alvo de três ações relatadas por Dino no STF. O ministro determinou a suspensão do pagamento dos recursos até que novas regras de rastreabilidade fossem adotadas.

Em agosto, representantes dos Três Poderes acordaram diretrizes para garantir mais transparência aos repasses. Para isso, o Congresso analisa um projeto de lei complementar que regulamenta a execução das emendas.

A matéria já foi aprovada na Câmara e está em análise no Senado, que já aprovou o texto-base na semana passada e ainda deve analisar os destaques (sugestões de mudanças) nesta segunda-feira.

Este conteúdo foi originalmente publicado em CGU: rastreabilidade de emendas depende de dados do Congresso, diz ministro no site CNN Brasil.



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